Três pessoas da mesma família foram mortas, na manhã de sábado (24), na rodovia MGC-455, próximo ao distrito de Miraporanga, a cerca de 50 km de Uberlândia. O corpos de Clestina Leonor Sales Nunes, 48, e Valdir Dias Ferreira, 39, foram encontrados dentro de um carro sobre a ponte do rio Cabaçal e o de Nilton Santos Nunes, de 52 anos, às margens da rodovia.
Segundo a Polícia Militar, o carro com as vítimas trafegava pela pista quando outro veículo se aproximou e um dos ocupantes começou a efetuar vários disparos, que atingiram Valdir Ferreira e Clestina Nunes. Nilton Nunes tentou fugir, mas também foi morto a tiros. A Polícia Militar e os Bombeiros foram acionados e, ao chegarem ao local, além dos corpos, encontraram uma criança de 5 anos, que não se feriu, mas estava em estado de choque, R$ 1,6 mil em dinheiro e vários cartões espalhados pelo chão.
As três pessoas assassinadas, segundo os bombeiros, são moradoras de um acampamento sem-terra que fica próximo ao local do crime e integrantes do Movimento de Libertação do Sem-Terra (MLST). Nilton e Clestina Nunes são avós da criança de 5 anos e Valdir, tio. A polícia ainda não sabe quais as motivações dos homicídios, mas suspeita que tenham acontecido por acerto de contas ou briga. Nenhum suspeito foi localizado.
Em Cachoeira Dourada familiares dos líderes do Movimento de Libertação dos Sem-terra, mortos no fim de semana, em Uberlândia, revelaram que eles já tinham sofrido ameaças. Milton e Clestina Leonora , lideram o movimento há seis anos no Triângulo Mineiro e as ameaças aconteciam há três meses, desde que mudaram para um novo assentamento. Os familiares revelaram que poderiam abandonar o movimento por falta de segurança. Os militantes assassinados coordenavam a ocupação de uma fazenda a 60 quilômetros de Uberlândia, que tem 1.500 hectares e foi arrendada para uma usina de cana-de-açúcar em São Paulo. No mês de fevereiro a usina entrou na Justiça com pedido de reintegração de posse que não foi julgado ainda. A Polícia Civil de Minas abriu inquérito para investigar as mortes e três pessoas já foram ouvidas.
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